Após proibição do uso de celulares dentro de agências bancárias no estado da Bahia, Minas Gerais segue o mesmo caminho e já tem projeto de lei tramitando na Assembleia Legislativa com o mesmo propósito. Essas medidas pretendem combater o crime conhecido como “saidinha de banco”. Mas, a meu ver, isso é caso de polícia.
A ação dos bandidos acontece quando o indivíduo sai da agência bancária com uma certa quantia em dinheiro. Um informante, alocado dentro da agência bancária, avisa aos ladrões que aguardam do lado de fora do banco para efetuar o roubo.
A princípio, a proibição do uso de celulares seria válida, pois acabaria com uma das formas de comunicação da quadrilha para a execução dos assaltos, mas se torna limitada se pensarmos nas inúmeras outras possibilidades dos marginais se comunicarem.
Outro ponto negativo da proibição é o fato de coibir o uso do celular, por toda e qualquer pessoa dentro de agências bancárias, levando em consideração o que representa o telefone móvel para a sociedade atual. Os aparelhos são utilizados para acesso a Internet, envio de SMS, rádio, e muitas outras funções. Cercear o uso do dispositivo em qualquer lugar é um retrocesso do ponto de vista tecnológico.
Boa vontade por parte do legislativo em resolver alguns problemas da população é louvável. Mas certas ações são de responsabilidade do executivo. Tornar mais seguro qualquer transação dentro e fora dos bancos é responsabilidade da polícia O cidadão não pode ficar a mercê de bandidos, dependendo de leis que o privam de práticas corriqueiras para se sentirem mais seguros.
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